Arena da Plurisports é aprovada na reunião do Conselho rubro-negro

Imagem daquela que pode ser a futura Ilha do Retiro foi revelada no evento / Foto: Divulgação

O Conselho Deliberativo do Sport aprovou, quase que por unanimidade, a proposta do consórcio Plurisports para a construção do complexo rubro-negro onde hoje fica a Ilha do Retiro, apresentada na noite desta quinta-feira em reunião ordinária. O próximo passo, é a submissão do projeto à votação da Assembleia Geral dos sócios, marcada para o dia 7 de abril, para bater o martelo. Uma arena multiuso, com capacidade para 45 mil torcedores, adequada aos padrões da Fifa e orçada em R$ 400 milhões, bem como um centro de convenções, torres comerciais e um hotel estão previstos no projeto.
Os conselheiros Homero Lacerda e Harlan Gadelha (membro da comissão atual) chegaram a se pronunciar pedindo um maior prazo para a análise do projeto apresentado, com a formação de uma nova comissão. Mas, como esperava o presidente Gustavo Dubeux, a decisão foi tomada nesta primeira reunião mesmo.
Até a manhã desta quinta-feira, esperava-se que no encontro também fosse apresentado o projeto do consórcio Lusoarenas, que havia pedido um tempo maior para fazer alterações na proposta. A diretoria rubro-negra, contudo, preferiu não esperar as modificações, visto que a proposta feita pela Plurisports atendia às demandas, conforme explicaram o presidente rubro-negro, Gustavo Dubeux, e o representante da consultoria Deloitte, contratada para analisar os projetos apresentados, Antonio Freire.

Presidente Gustavo Dubeux (junto a lideranças do Sport como Luciano BIvar (à direita) / Foto: Laura Cortizo

Segundo Gustavo Dubeux, o Sport continuará com 100% de participação nos lucros com bilheteria, sócios e camarotes. Já o percentual de participação do clube nas receitas da arena -- que inclui cadeiras cativas, eventos, publicidade -- é de 7% nos primeiros 10 anos, passa a 15% a partir do 15º ano e, com 20 anos, chega a 25%. Com 30 anos, terminará o direito de exploração do espaço pelo consórcio da Plurisports, e essas receitas passarão a ser 100% do clube. Quanto aos empreendimentos que serão construídos no entorno, a participação do clube durante os 30 anos em que o consórcio vai explorar o espaço é de 12%. Depois do prazo, será de 100%.

No encontro foi revelado também o investidor da Plurisports, que será a Engevix, empresa de engenharia consultiva com 45 anos no mercado. Entre as obras tocadas pela empresa, está o conjunto de edificações da nova Refinaria Abreu Lima. O investidor apresentado causou um burburinho entre alguns conselheiros que questionavam a credibilidade da empresa. Os representantes da Deloitte disseram confiar na Engevix, mas não souberam citar cases durante a reunião.
Veja os vídeos da reunião do Conselho:

» Representantes da Deloitte falam sobre escolha do consórcio Plurisports
» Gustavo Dubeux defende projeto da Plurisports
» Presidente da Plurisports explica o processo judicial em está envolvido
Já o escritório de arquitetura escolhido pelo consórcio foi o americano DBB/Aedas. Com sede em Nova York, o grupo americano tem escritório em São Paulo e projetos de destaque pelo mundo, que incluem a reforma da Biblioteca Pública de Nova York, as estações de metrô de Dubai e a reforma da Universidade de Columbia, nos EUA.
"Sabemos que temos arquitetos muito competentes aqui no Brasil, mas optamos pelo DBB/Aedas pois estamos precisando de agilidade, e a experiência deles no setor de arenas multiuso pode ajudar muito neste sentido", explicou o presidente da Plurisports, Wladmir Rioli.
Se tudo sair como os dirigentes rubro-negros esperam, as atividades na Ilha do Retiro encerrarão em dezembro, quando o estádio seria demolido para a nova construção. O clube ainda não sabe onde mandará seus jogos de futebol a partir da próxima temporada. Quanto à utilização da sede social, a ideia de Gustavo Dubeux é de alugar um outro clube, como o Internacional, para que os sócios possam ter onde frequentar durante o período de construção da arena.

Mais uma imagem do projeto aceito pelo Conselho para a construção da arena / Foto: Divulgação

A ARENA - Foi a sócia do escritório americano, Anna Julia Dietzsch, quem apresentou o que está sendo pensado sobre a estrutura da arena, que ocupará uma área de 174 mil metros quadrados.

De acordo com ela, como o subsolo na área não pode ser aproveitado, o novo estádio será construído sobre um estacionamento, com capacidade para cerca de 1.500 veículos. No estádio, caberiam 45 mil torcedores, sendo 15 mil cadeiras especiais, 5,8 mil cadeiras cativas, 2,9 mil suítes e 1,44 mil camarotes e 19,8 cadeiras numeradas. O complexo conta ainda com um anfiteatro com capacidade para 15 mil pessoas onde serão realizados eventos. Há também a ideia de se contruir um museu do clube, nos moldes dos melhores do país.

Caso na assembleia-geral do Sport seja aprovado o projeto da Plurisports, esse projeto será detalhado em até quatro meses, explicou o presidente do consórcio. "Fizemos um estudo rápido, não é ainda um projeto arquitetônico", esclareceu Ana Júlia.

Conselheiros no auditório do Colégio Salesiano onde aconteceu a reunião / Foto: Laura Cortizo

                  Fonte: do Blog do Torcedor